Uma Parábola
Esqueceu-me jamais essa Roseira.
Deu rosas brancas a existência inteira
E viveu, para nós, as alegrias
Das nossas noites e dos nossos dias.
Essa Roseira teve sempre rosas
Para as festas gentis ou religiosas
E nunca se esqueceu dos namorados
Ou de dar flores para os seus noivados.
Eu quero crer também que nunca houvesse
Enterramento humilde a que não desse,
Essa Roseira, a régia compostura
De suas rosas de imortal brancura.
Posso, entanto, afirmar que essa Roseira,
Porque deu flores a existência inteira,
Passou despercebida aos homens brutos
Como aos ladrões as árvores sem frutos...
Deu rosas brancas a existência inteira
E viveu, para nós, as alegrias
Das nossas noites e dos nossos dias.
Essa Roseira teve sempre rosas
Para as festas gentis ou religiosas
E nunca se esqueceu dos namorados
Ou de dar flores para os seus noivados.
Eu quero crer também que nunca houvesse
Enterramento humilde a que não desse,
Essa Roseira, a régia compostura
De suas rosas de imortal brancura.
Posso, entanto, afirmar que essa Roseira,
Porque deu flores a existência inteira,
Passou despercebida aos homens brutos
Como aos ladrões as árvores sem frutos...
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