Soneto

Fica-te aí parada na memória.
Reveste com o outono a luz da Face
ou sempre adormecida que a vitória
do amor é conservar consigo a Face.

E assim vencer o tempo na memória
e atingir o eterno do traspasse
fatal, trazendo adiante na memória
a visão emblemática da Face.

Na ilha de agosto faze tua morada,
e em setembro haverás ressuscitada,
Se trouxeres adiante na memória

que nunca apareceste na jornada,
houveras sido, existirás amada
se ficares presente na memória.

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