Ocarina: O Som do Barro
A Virgílio Maia,
poeta singular, amigo plural
Doce barro das terras nordestinas,
Ressoando este som que não se apaga,
na leveza da argila e das resinas,
Som da noite e de festa, som que afaga.
É o acorde da noite que termina
Com os dedos tocando agalopado;
É o som da araponga, é um trinado,
É a doçura da voz de uma menina.
Este barro que canta e que extasia
E que é clave de sol, é nostalgia,
É prisão de um pássaro canoro.
Ocarina: dos ventos, dos anuns:
Se te ouvi uma tarde em Garanhuns,
Sei dos grãos do teu lírico sonoro!
poeta singular, amigo plural
Doce barro das terras nordestinas,
Ressoando este som que não se apaga,
na leveza da argila e das resinas,
Som da noite e de festa, som que afaga.
É o acorde da noite que termina
Com os dedos tocando agalopado;
É o som da araponga, é um trinado,
É a doçura da voz de uma menina.
Este barro que canta e que extasia
E que é clave de sol, é nostalgia,
É prisão de um pássaro canoro.
Ocarina: dos ventos, dos anuns:
Se te ouvi uma tarde em Garanhuns,
Sei dos grãos do teu lírico sonoro!
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