Ante o Mar

Ávido de sol poente,
me planto na extensão do rude cais
a ver o mar que sonha à minha frente
— tão longo como é longo o nunca mais.

As ondas me propõem ecos de um tempo
em que me desavim nas travessias,
porque nauta já fui, ao léu dos ventos,
premido entre tufões e calmarias.

E assim também me lanço pela vida
num jogo de fortunas alternadas,
buscando a dúbia rota presumida
entre as coisas presentes e passadas.

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rubaiyat moreira
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25/setembro/2016

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