Do Arbítrio
Das estrias que a mão
esculpe
só o que brilha
sobrevive.
Nômade a manhã
despe o sol
à flor
da carne,
múltipla,
à vertigem da linguagem.
Não há comportas
nem caminhos
não há saaras
nem vienas
em tudo há rinhas
e arestas
de flores
e esquifes.
Em tudo entalha-se
ao revés
coisas que se mostram
e não se dão,
que só no verso vêem-se,
no peeling pelo avesso.
(Delitos que em seu exílio
transbordam de rubro
a lira,
resenham através do júbilo,
rasuram através da ira.)
Sopra revanche de ritmos
no íntimo viés do não dito,
sopra o arbítrio dos dias.
esculpe
só o que brilha
sobrevive.
Nômade a manhã
despe o sol
à flor
da carne,
múltipla,
à vertigem da linguagem.
Não há comportas
nem caminhos
não há saaras
nem vienas
em tudo há rinhas
e arestas
de flores
e esquifes.
Em tudo entalha-se
ao revés
coisas que se mostram
e não se dão,
que só no verso vêem-se,
no peeling pelo avesso.
(Delitos que em seu exílio
transbordam de rubro
a lira,
resenham através do júbilo,
rasuram através da ira.)
Sopra revanche de ritmos
no íntimo viés do não dito,
sopra o arbítrio dos dias.
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