Trovas

Longe, a gaivota voando,
é um til perdido nos ares...
E eu viajo, me recordando
da bênção dos teus olhares!

Por tua beleza tanta
se enflora meu pensamento,
e a boca da noite canta
as melodias do vento.

Da mais pura filigrana,
com esse encanto de lenda,
tu és uma trova humana
vestida de seda e renda.

Quando ela chega, seu riso
é um lírio abrindo a corola
e então nascem de improviso
flores ao pé da viola.

Que lindo o mar! Nestas rotas
vejo as velas nos folguedo!
Alva toalha de gaivotas
sobre a mesa dos rochedos!

Da caboclinha bonita
armam-se os seios seguros,
que são dois frutos maduros
dentro de um ramo de chita!

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