Fim

Quem sou eu,
Agora?
Nao me reconheco mais,
Nao sou como outrora.

Quando meu cigarro parar de fumar,
E meus livros parar de ler;
Podem tocar a marcha fúnebre,
Pois eu hei de morrer.

E quando isso acontecer,
Ninguém há de chorar,
Ninguém há re rezar,
E espero que seja num dia cinza posto a chover.

Porque escrevo esse poema?
Se ninguém o há de ler.
Ninguém vai se lembrar,
De uma vela para mim acender.

E se por ventura,
Alguém em algum lugar
Algum dia disser meu nome,
Por favor
Derrame por mim
Uma lágrima
Para que minha alma possa nela se lavar,
e aspirar poder ao céu
Algum dia,
Eu chegar.

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