Peixinhos

À beira dágua calminha,
o aquário mais natural,
eu paro olhando os peixinhos
que brilham como cristal.

Entre o verde e humildes flores
observo meus amiguinhos
que, alegres, nadam, entrando
e saindo de seus cantinhos.

Armo casinha com torres
e sobre uma pedra ponho:
— é o palácio dos peixes
e meu castelo de sonho.

A ver quem vai ser o rei,
no espelho dágua mirando,
de cada qual o jeitinho,
com que prazer vou notando!

Parece pepita de ouro
um pequeno, o Douradinho;
magro e comprido o Agulhinha
e Bolinha, o gorduchinho.

Assim, esses peixes lindos,
na manhã vou batizando,
mas, vejo que vão e voltam
só nadando... só nadando...

Sem nomes, sonhos, palácios,
fugindo à rede e ao anzol,
as nadadeiras abrindo,
festejam a luz do sol.

Por Isso, ao voltar do rio,
me comparo aos amiguinhos
tão simples e naturais
que querem ser só peixinhos...

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