Água, que corre
Já há muito passou o tempo
dos ciganos, que vagavam.
E eu os vi:
são ágeis como a água,
forte, clara,
quando flui.
E adivinho que talvez
ela deseje falar.
Pobre, não sabe nenhuma língua,
para ela falar, para cantar.
A cada vez apenas goteja a prata,
sussurra como o coração
a fala da água.
Apenas o cavalo que pasta na grama
permanece próximo
a escuta e entende os murmúrios.
Mas ela não olha para ele,
foge, nada para mais longe,
pois os olhos não podiam ver
o rio, que corre.
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