Estudo VII
Eis-me aqui nesta ausência de mim mesmo.
Posso agora buscar-me neste estranho
que uma falta de amparo, uma incerteza
de mim denunciou, sem mágoa ou custo.
Amo esta solidão porque me assiste
e me ensina o que sou. Todo o tumulto
desses rostos vazios, que não vivo,
dessas vozes que escuto, mas não sei,
dá-me a clara certeza de que existo
apenas para o amor que tu me dás
integralmente, para o dom tranqüilo
que procede de ti, como um roteiro.
E assim, nessa distância, se me busco,
vejo um gesto de amor, que te ofereço.
Posso agora buscar-me neste estranho
que uma falta de amparo, uma incerteza
de mim denunciou, sem mágoa ou custo.
Amo esta solidão porque me assiste
e me ensina o que sou. Todo o tumulto
desses rostos vazios, que não vivo,
dessas vozes que escuto, mas não sei,
dá-me a clara certeza de que existo
apenas para o amor que tu me dás
integralmente, para o dom tranqüilo
que procede de ti, como um roteiro.
E assim, nessa distância, se me busco,
vejo um gesto de amor, que te ofereço.
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