Sousândrade

Sousândrade

1833-07-09 Vila dos Guimarães [Guimarães] MA
1902-04-20 São Luís
62332
1
20

Canto Segundo [III

(Alvissareiras no areial:)

— Aos céus sobem estrelas,
Tupã-Caramuru!
É Lindóia, Moema
Coema,
É a Paraguaçu;

— Sobem céus as estrelas,
Do festim rosicler!
Idalinas, Verbenas
De Atenas,
Corações de mulher;

— Moreninhas, Consuelos,
Olho-azul Marabás,
Palidez Juvenílias,
Marílias
Sem Gonzaga Tomás!

(...)

(Netuno:)

— Os poetas plagiam,
Desde rei Salomão:
Se Deus cria — procriam,
Transcriam —
Mafamed e Sultão

(...)

(Cunhãmas e Cunhãtans:)

— Lamartine é sagrado?
— Se não tem maracás,
Ô, ô, ô! — vibram arcos
Macacos,
Tatus-Tupinambás.

(...)


Publicado no livro Impressos (1868/1869). Poema integrante da série Guesa Errante.

In: SOUSÂNDRADE. O Guesa. Londres: Cooke e Halsted, The Moorfields Press, 1888

NOTA: Poema inacabado, composto de 13 canto
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