Sosigenes Costa
Sosígenes Marinho Costa foi um poeta, jornalista e professor brasileiro. Participou da Academia dos Rebeldes, grupo literário modernista liderado pelo jornalista e escritor baiano Pinheiro Viégas (1865-1937).
1901-11-11 Belmonte BA
1968-11-05 Rio de Janeiro
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Índio Bom é Índio Morto
"Índio bom é índio morto",
pensamento natural
de quem se apossou do porto
desta Índia Ocidental.
O cristão é que é a bondade.
Vivo ou morto. É natural.
Na estrita fidelidade
a Cristo e a seu ideal,
o seu sonho de bondade
é espalhar a caridade,
a pureza e a santidade
nesta Índia Ocidental.
Sonho de luz, em verdade,
sonho de santo e de frade
é o que empolga a cristandade
trazendo para este porto
a armada do Santo Graal.
Mas o índio fica absorto,
vendo esta armada no porto,
ante o ditado fatal:
"Índio bom é índio morto".
Burilado em ouro e jade,
esse conceito fatal
é um ruim verso de jade
da epopéia ocidental.
(1956)
Publicado no livro Obra Poética (1958).
In: COSTA, Sosígenes. Obra poética. 2.ed. rev. e aum. por José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 197
pensamento natural
de quem se apossou do porto
desta Índia Ocidental.
O cristão é que é a bondade.
Vivo ou morto. É natural.
Na estrita fidelidade
a Cristo e a seu ideal,
o seu sonho de bondade
é espalhar a caridade,
a pureza e a santidade
nesta Índia Ocidental.
Sonho de luz, em verdade,
sonho de santo e de frade
é o que empolga a cristandade
trazendo para este porto
a armada do Santo Graal.
Mas o índio fica absorto,
vendo esta armada no porto,
ante o ditado fatal:
"Índio bom é índio morto".
Burilado em ouro e jade,
esse conceito fatal
é um ruim verso de jade
da epopéia ocidental.
(1956)
Publicado no livro Obra Poética (1958).
In: COSTA, Sosígenes. Obra poética. 2.ed. rev. e aum. por José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 197
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