Sílvio Romero
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor e político brasileiro.
1851-04-21 Vila do Lagarto, Sergipe, Brasil
1914-06-18 Rio de Janeiro, Brasil
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O Tango-Lo-Mango
(Sergipe e Rio de Janeiro)
Eram nove irmãs numa casa,
Uma foi fazer biscoito;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão oito.
Destas oito, meu bem, que ficaram
Uma foi amolar canivete;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão sete.
Destas sete, meu bem, que ficaram
Uma foi falar francês;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão seis.
Destas seis, meu bem, que ficaram
Uma foi pelar um pinto;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão cinco.
Destas cinco, meu bem que ficaram
Uma foi para o teatro;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão quatro.
Destas quatro, meu bem, que ficaram
Uma casou c'um português;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão três.
Destas três, meu bem, que ficaram
Uma foi passear nas ruas;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão duas.
Destas duas, meu bem, que ficaram
Uma não fez cousa alguma;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão uma.
Essa uma, meu bem, que ficou
Meteu-se a comer feijão;
Deu o tango-lo-mango nela,
Acabou-se a geração.
In: ROMERO, Sílvio. Folclore brasileiro: cantos populares do Brasil. Pref. Luís da Câmara Cascudo. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1985. p.296-297. (Reconquista do Brasil. Nova série, 86
Eram nove irmãs numa casa,
Uma foi fazer biscoito;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão oito.
Destas oito, meu bem, que ficaram
Uma foi amolar canivete;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão sete.
Destas sete, meu bem, que ficaram
Uma foi falar francês;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão seis.
Destas seis, meu bem, que ficaram
Uma foi pelar um pinto;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão cinco.
Destas cinco, meu bem que ficaram
Uma foi para o teatro;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão quatro.
Destas quatro, meu bem, que ficaram
Uma casou c'um português;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão três.
Destas três, meu bem, que ficaram
Uma foi passear nas ruas;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão duas.
Destas duas, meu bem, que ficaram
Uma não fez cousa alguma;
Deu o tango-lo-mango nela,
Não ficaram senão uma.
Essa uma, meu bem, que ficou
Meteu-se a comer feijão;
Deu o tango-lo-mango nela,
Acabou-se a geração.
In: ROMERO, Sílvio. Folclore brasileiro: cantos populares do Brasil. Pref. Luís da Câmara Cascudo. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1985. p.296-297. (Reconquista do Brasil. Nova série, 86
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Mais como isto
Ver também
Prémios e Movimentos
Romantismo-
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16/setembro/2011