Metamorfose de Minha Anatomia
Na espiral heterogênea da vida,
onde vasculho e me determino,
não invento inspirações
nem ensaio sentimentos.
Na vida — mar irrequieto —
intervenho partindo dela
e ajudo a limpá-la
da poeira dos segredos.
Muitos homens
ainda são bigorna
e a vida lhes é um martelo.
Eu me insubordino
ante as pancadas que me impingiram.
Sou um par de punhos do incomensurável coletivo
martelando na bigorna da História,
moldando minha vida e as vidas
em brasas vivas.
Meu coração é uma ponte
unindo sentimentos.
Meus braços, um arco-íris
de gestos puros nas carícias
num convite claro e evidente,
buscando os deslocados, os inconsequentes,
presenteando o que me dão de ensinamentos.
(...)
In: FRYDMAN, Carlos. Os caminhos da memória. Apres. Carlos Burlamáqui Kopke. Il. João Suzuki. São Paulo: Fulgor, 1965
onde vasculho e me determino,
não invento inspirações
nem ensaio sentimentos.
Na vida — mar irrequieto —
intervenho partindo dela
e ajudo a limpá-la
da poeira dos segredos.
Muitos homens
ainda são bigorna
e a vida lhes é um martelo.
Eu me insubordino
ante as pancadas que me impingiram.
Sou um par de punhos do incomensurável coletivo
martelando na bigorna da História,
moldando minha vida e as vidas
em brasas vivas.
Meu coração é uma ponte
unindo sentimentos.
Meus braços, um arco-íris
de gestos puros nas carícias
num convite claro e evidente,
buscando os deslocados, os inconsequentes,
presenteando o que me dão de ensinamentos.
(...)
In: FRYDMAN, Carlos. Os caminhos da memória. Apres. Carlos Burlamáqui Kopke. Il. João Suzuki. São Paulo: Fulgor, 1965
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