Frei Francisco de São Carlos

1763-08-13 Rio de Janeiro RJ
1829-05-06 Rio de Janeiro RJ
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Soneto [Entre férreos grilhões preso, e seguro

Entre férreos grilhões preso, e seguro
Suspira o delinquente desvalido
Aguçando o punhal do seu gemido
A estreiteza cruel do cárcere escuro.

Sentistes bom Lorena, e o sangue puro
Que o peito vos inflama esclarecido
Determinou da mágoa condoído
Dar ao réu novo asilo, menos duro.

Remata-se a estrutura; e o triste passa
A sentir no pesar menor violência
E a lograr na prisão mais larga praça.

E para vossa glória alta Excelência
Beijando está nas aras da alegria
Os troféus que erigiu vossa clemência.


In: POETAS da Academia do Senado da Câmara de S. Paulo. Pref. Antônio Soares Amora. Notas Domingos Carvalho da Silva. São Paulo: Clube de Poesia, 1956. p.53-60. (Documentos, 3).

NOTA: Referência à cadeia mandada construir pelo governador Bernardo José de Loren
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