Florbela Espanca
Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
1894-12-08 Vila Viçosa
1930-12-08 Matosinhos
1222873
76
2166
Nihil Novum
Na penumbra do pórtico encantado
De Bruges, noutras eras, já vivi;
Vi os templos do Egito com Loti;
Lancei flores, na Índia, ao rio sagrado.
No horizonte de bruma opalizado,
Frente ao Bósforo errei, pensando em ti!
O silêncio dos claustros conheci
Pelos poentes de nácar e brocado...
Mordi as rosas brancas de Ispahan
E o gosto a cinza em todas era igual!
Sempre a charneca bárbara e deserta,
Triste, a florir numa ansiedade vã!
Sempre da vida – o mesmo estranho mal,
E o coração – a mesma chaga aberta!
De Bruges, noutras eras, já vivi;
Vi os templos do Egito com Loti;
Lancei flores, na Índia, ao rio sagrado.
No horizonte de bruma opalizado,
Frente ao Bósforo errei, pensando em ti!
O silêncio dos claustros conheci
Pelos poentes de nácar e brocado...
Mordi as rosas brancas de Ispahan
E o gosto a cinza em todas era igual!
Sempre a charneca bárbara e deserta,
Triste, a florir numa ansiedade vã!
Sempre da vida – o mesmo estranho mal,
E o coração – a mesma chaga aberta!
5395
4
Mais como isto
Ver também