Natália Correia

Natália Correia

Natália de Oliveira Correia foi uma intelectual, poeta e activista social açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia.

1923-09-13 Fajã de Baixo, S. Miguel, Açores, Portugal
1993-03-16 Lisboa
158668
6
109


Prémios e Movimentos

APE 1990

Escritora portuguesa, natural de Fajã de Baixo, São Miguel, Açores. Fez os estudos secundários já em Lisboa. Sem estudos universitários foi, em 1979, deputada à Assembleia da República. Colaborou em diversos jornais e revistas. Não se prendendo fortemente a nenhuma corrente literária, esteve inicialmente ligada ao surrealismo e, segundo a própria, a sua mais importante filiação estabeleceu-se em relação ao romantismo. A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio. Foi fundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos da mulher. Apelou sempre à literatura como forma de intervenção na sociedade, tendo tido um papel activo na oposição ao Estado Novo. Foi uma figura importante das tertúlias que reuniam nomes centrais da cultura e da literatura portuguesas dos anos 50 e 60. Ficou conhecida pela sua personalidade vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. Entre as suas obras poéticas encontram-se Rio de Nuvens (1947), Poemas (1955), Dimensão Encontrada (1957), Passaporte (1958), Comunicação (1958), Cântico do País Emerso (1961), O Vinho e a Lira (1966), Mátria (1968), As Maçãs de Orestes (1970), A Mosca Iluminada (1972), O Anjo do Ocidente à Entrada de Ferro (1973), Poemas a Rebate (1975), Epístola aos Iamitas (1978), O Dilúvio e a Pomba (1979), O Armistício (1985), Os Sonetos Românticos (1990, Grande Prémio de Poesia APE/CTT) e O Sol nas Noites e o Luar nos Dias I e II (1993). A sua obra de ficção engloba Aventuras de Um Pequeno Herói (1945), Anoiteceu no Bairro (1946), A Madona (1968), A Ilha de Circe (1983), Onde Está o Menino Jesus (1987) e As Núpcias (1990). Como dramaturga escreveu O Progresso de Édipo (1957), O Homúnculo (1965), O Encoberto (1969), Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente (1981) e A Pécora (1983). Natália Correia escreveu ainda várias obras ensaísticas, das quais se destacam Descobri que Era Europeia — Impressões de Uma Viagem à América (1951), Poesia de Arte e Realismo Poético (1958), A Questão Académica de 1907 (1962), Uma Estátua para Herodes (1974), Não Percas a Rosa — Diário e algo mais: 25 de Abril de 1974 — 20 de Dezembro de 1975 (1978) e Somos Todos Hispanos (1988). Organizou também algumas antologias de poesia portuguesa, entre as quais Antologia da Poesia Erótica e Satírica (1966), Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses (1970), Trovas de D. Dinis (1970), O Surrealismo na Poesia Portuguesa (1973), A Mulher (1973), A Ilha de São Nunca (1982) e Antologia da Poesia do Período Barroco (1982)

Natália Correia foi uma poeta, dramaturga e romancista açoriana, nascida em Fajã de Baixo, a a 13 de setembro de 1923. É a autora da letra do Hino dos Açores. Também editora, foi condenada a três anos de prisão, com pena suspensa, pela publicação da Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, por Oofensa ao pudor" e ainda processada por responsabilidade na edição das Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Coordenou por anos a Editora Arcádia. Entre seus livros, mencionamos Anoiteceu no Bairro (romance, 1946), Rio de Nuvens (poesia, 1947),  Sucubina ou a Teoria do Chapéu (teatro, 1952), Dimensão Encontrada (poesia, 1957), O Homúnculo, tragédia jocosa (teatro, 1965), As Maçãs de Orestes (Poesia, 1970), Epístola aos Iamitas (poesia, 1976) e A Ilha de Circe (romance, 1983), entre outros. Natália Correia morreu em Lisboa, a 16 de março de 1993.

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Grandiosa! Estupenda! Completa! Magnífica! Estonteante!
08/maio/2021
eugenia
Mulher de corpo inteiro, sem tubiezas que nunca insinuava,dizia claramente o seu ponto de vista. Portugal está carente, ,orfão de gente assim, Faz muita falta o seu discurso que no momento que Portugal vive, poria no lugar mais rasteiro muitos a quem se oferece passadeira vermelha.
02/julho/2020

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