A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Desencontros


Quem sabe, seja tarde...
Não posso dizer que ainda sejamos os mesmos.
Como poderiamos fingir, quando sentimos que muita coisa mudou.

Quem sabe, nunca mais...
Parece difícil que venhamos a sorrir de forma franca e aberta,
Considerando que hoje, por dentro, nossos mundos estão destruídos e desacreditados.

Quem sabe, venhamos a  entender...
E um dia, talvez conseguiremos reconhecer um no outro, alguma razão.
Porque a ferida aberta ainda sangra e agora, estamos acuados e com medo.

Quem sabe, percebamos...
O mal que fizemos e o quanto nos ferimos para fazer valer, nossas verdades.
Falsas verdades que foram nossas bandeiras, cravadas a fundo no nosso amor próprio.

Quem sabe, iremos refletir...
E ver que afinal, somos apenas  pessoas que possuem sentimentos. 
Que assim como qualquer humano, nos abalamos, sentimos, sofremos e amamos.

Quem sabe, um dia...
Nos encontremos em um momento ou em uma rua qualquer.
Iremos tentar sorrir, fingindo que as mágoas já passaram?

Quem sabe, fique claro...
Que apenas estejamos fazendo parecer ser,
Mas um dia será, sei que sim, só precisamos mesmo, de tempo.

Quem sabe, o perdão chegue...
E venha junto com o entendimento, mas agora, ainda não conseguiremos.
Tudo ainda está recente,  latente e  marcou demais.

Quem sabe, sejamos felizes...
Afinal, sempre perseguimos a felicidade, não é mesmo?
Mas se  não for agora, pode acreditar, nossos corações irão abrandar essa dor.

Quem sabe, voltaremos a amar...
Hoje, parece ser impossível, mas o amanhã irá dizer.
Ainda temos muito  a entregar e talvez, depois, reencontraremos a paz.
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