PÉRICLES ALVES DE OLIVEIRA - THOR MENKENT

PÉRICLES ALVES DE OLIVEIRA - THOR MENKENT

Escritor, poeta e pensador niilista, sempre em busca da análise do ser jogado em meio de suas reinauradas coisas!

1970-03-07 Bom Despacho
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QUANDO EU MORRER

... quando eu morrer
não quero alarde, não quero cortejo,
não quero cochichos ou ecos de pessoas
que dizem ter ido ali para dar
forças à família de um
defundo;

na verdade,
eu digo que vão beber e foder logo
após o ednterro e que, para contuarem
com suas atuações miseráveis,
não esperarão nem o sol
da manhã do dia
seguinte;

quando eu morrer
não quero ninguém no meu enterro,
somente o coveiro desconhecido, urubu
longínquo se preciso que faça o serviço
sem nenhuma fulgacidade
de sentimentos e palavras,

porque, na verdade,
eu digo que os mesmo que irão a meu enterro,
cocixarão entre si como eu fui
ou como eu deixei de ser:

pobre coitado,
era malandro,
um puteiro,

morreu de cirrose provavelmente,
o câncer que o matou foi u castigo de Deus,
agora a família e os amigos dele vão ter
paz sem ele.

Bastardos hipócritas,
não os quero em meu enterro,
não quero que assustem Deus, com quem
eu gostaria de me encontrar,

com o que miseravelmente
dizem de outro semelhantíssimo miserável
como vocês!
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