BAILARINA
Teu corpo e o teu encanto...
Espaços mortos tua luz inunda.
Na tua dança me levas clandestino.
Em teu corpo ecoam meus desejos.
Ávida de tempo vais em busca do espaço.
Preso a ti, oh! ave branca, danço parado.
Tua teia: o chão, as luzes e o compasso.
Aprisionas a Beleza e eternizas teu cansaço.
Quando a música findar, irão meus sonhos.
De certo, aplausos não dirão o que senti.
Fechando suas asas, o coração ferido,
Sepultará, no breu do palco, vil ilusão.
Registro 719.469 FBN 21/10/2016
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