Paulo Jorge

Paulo Jorge

A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.

1970-07-17 Lisboa
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Noctívago


Acordo prostrado como um mal nascido,
Escondo-me nos livros da minha estante,
Acalmo os meus soluços com música perdido,
Estático vegeto consumido e irrelevante,

Só com a noite instalada consigo enfrentar,
A sociedade comigo impiedosa e contrastante,
Do chão mal consigo os olhos levantar,
Sob o luar pálido curo minha dor lancinante.

Lx, 23-3-1995
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