Destino Incerto
Percorro um percurso incerto
Sem saber bem ao certo
Se na verdade sou quem sou.
Cresci num verso que alguém cantou,
Sou personagem agora em naufrágio
Pois na verdade não sei pára onde vou.
Destino não lido por uma divina cigana
Crenças que decaem em grande patranha.
Serei um livro de páginas em branco?
Não terei história para se contar num banco?
Tenho a mente vazia e a dúvida vai surgindo.
Este ebúrneo que me ofusca o mais leve pensar
Não me larga...Não me deixa a alma descansar.
Acordo mais um dia, e a dúvida vai emergindo
Afinal quem sou? Para onde vou?
Dúvidas que se arvoram ao olhar este mar
Mar que em histórias alguém o elevou
Entre conquistas, amores e desamores
Que se tornaram mito, crónicas a contar
Por historiadores, gentes ou sonhadores.
Serei um ser entre os seres desta gente?
Piso a terra que os antepassados lavraram
Farei parte desta história...agora, estou crente.
Não sou o vazio, se penso também existo
Se existo... também tenho história.
Uma história de futuro incerto, mas resisto
Pois nada sei do amanhã e o ontem é memória.
de Maria Rosa dos Santos Alves, in "Palavras ao Vento - Oscilação dos Sentimentos"
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joao_euzebio
Teu destino não é incerto, pois eu fui longe dentro de tuas palavras e no fim de tudo me encontrei... sonhando, parabéns
13/outubro/2011