Maria Antonieta Matos
Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal
O POEMA
Que seja o poema o alerta
Quando escurece em ti a alma
Que seja uma porta aberta
ou o comprimido que acalma
Seja o desabafo corrente
A emoção que em ti brota
Uma lição permanente
A semente que não se esgota
Seja a colorida borboleta
A poisar no campo em flor
O passarinho quando canta
Belas serenatas de amor
Que seja o poema a crítica
Que a voz não faz ouvir
Mas que no pensamento fica
E a consciência vai perseguir
Que o poema saiba entranhar
O sentimento desmedido
Na voz de quem declamar
E de pé ser aplaudido
Que seja o poema a liberdade
Que se expressa sem olhar a cor
Que grite a desumanidade
A injustiça e o desamor
Que seja o poema a memória
Do livro que se faz ouvir
Em muitos séculos de história
Sempre, sempre a intervir
Maria Antonieta Matos 26-06-2014
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