A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Alheio



Desci pelas íngremes ladeiras, onde o amor se escraviza
E se torna servil à realização dos desejos.
Abri mil portas e aspirei, o acre perfume dos plásticos
Plantados em terras áridas, regados com suor sob a luz dos abajures.

Não encontrei humanos, apenas panos com recheio de carne,
Sugando do mofo dos bancos dos bares, distante dos lares
Algures nos tempos entre as ondas dos mares.

Desci ao profundo inferno infame, e descartei-me de todo velame
Ficando à deriva e à mercê do destino.
Que desatino, que vida desvairada, que mundo escuro...
Que sob o duro concreto dos muros,
Transcorre alheio nos céus clandestinos.
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