Rerismar Lucena
Sonhei...
Com árvore e jardim... (cajueiro)
E flores, e deus!
***Todos os poemas são de minha autoria, escritos em algum momento de minha vida.
1971-07-03 Uiraúna - PB
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Morfose Temporal
São Bernardo do Campo, 25 Fev. 2021 às 10hs55.
Poema de: Rerismar Lucena
O sempre a devir,
De um sempre já passado.
O sempre começo presente
Em tempo abrupto abstrato.
Abre-se em estase o começo
O ávido passado do encontro
Transtorna a relação de tempo
O êxtase frustro do desencanto.
Em tempo outrora, o vivido
O não acontecer, o presente
Movimento infinito do tempo
Afastado do lugar e do momento.
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A distância é o tempo imaginário.
A ausência, o começo.
A presença, um encontro que ainda está por vir.
(Rerismar Lucena, 25 Fev. 2021).
(Rerismar Lucena, 25 Fev. 2021).
Nota:
Inspirado no livro: “O livro por vir” de Maurice Blanchet.
“Essa distância imaginária (o tempo) em que a ausência (vazio que antecede o começo)
se realiza e ao termo da qual o acontecimento apenas começa a ocorrer, ponto em que se
realiza a verdade própria do encontro (a presença)” (2005, p.13, grifo meu).
se realiza e ao termo da qual o acontecimento apenas começa a ocorrer, ponto em que se
realiza a verdade própria do encontro (a presença)” (2005, p.13, grifo meu).
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