Flor da América
Flor da América,
absoluta e histérica.
Os seus novos rumos são de fronteiras intransponíveis.
A salvaguarda do mundo,
que esmorece e ressurge em forma,
contornos e matizes.
E advém os velhos
e novos navios negreiros
que revelam a natureza perversa em seu nascedouro.
Da terra esganecida
em extrapolo voraz,
ao machado de pedra.
Dos hinos entoados
de modo absolutamente frio,
ao símbolo máximo escravagista.
As miragens esquecidas,
aradas em campo aberto e,
vulgos silenciosos
Presos a postes em carne viva
e favelas enegrecidas,
os olhos vigilantes apuram o corpo cansado.
A história deve ser estendida,
a tantos quantos forem
os vivos e fortes
A promessa em martírios,
perseguidos em chamas.
No semblante de um novo mundo.
Suas cidades são imensas,
seus crimes recompensas,
seus senhores caudilhos.
Estranhos surgem em estandarte,
o ouro,a fome,a relva,o mar,
a sim ,o mar, oceanos Atlântico e Pacífico.
Escreveram sua história
em um hino estendido?
Em lugar demarcado
Qual o seu limite?
Flor esta ,que máscara a terra,
que derradeira ocupa um continente.
Nada é verdade, sonho ou realidade.
Rota singular que um dia
surgiu impune
Seus filhos morreram em chamas.
Seus Deuses por vaidade.
No horizonte de uma América fria e covarde..