José Saramago

José Saramago

José de Sousa Saramago foi um escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998.

1922-11-16 Azinhaga, Golegã
2010-06-18 Tías, Espanha
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21


Prémios e Movimentos

Nobel 1998Camões 1995
Escritor português, natural de Azinhaga, Golegã, viveu em Lisboa, para onde os seus pais se mudaram, desde os três anos. Vive, actualmente, em Lanzarote, Ilhas Canárias. Concluiu os estudos secundários em 1939, em Lisboa. O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico. Foi ainda desenhador, funcionário público nas áreas da Saúde e da Previdência Social, director literário de uma editora, jornalista e tradutor. Colaborou em várias revistas e jornais, como a Seara Nova, o Diário de Lisboa, A Capital e o Jornal do Fundão, publicações em que manteve uma actividade regular de cronista. Em 1975, exerceu funções de director-adjunto do Diário de Notícias. Actualmente, vive exclusivamente do seu trabalho literário e tem participado em inúmeros congressos e conferências, em Portugal e noutros países da Europa, de África e da América. Fez parte da primeira direcção da Associação Portuguesa de Escritores Embora se tenha estreado, em 1947, com Terra do Pecado, só em 1966 retomou a publicação das suas obras, com o volume de poesia Os Poemas Possíveis. Desde então, tem vindo a afirmar-se como um dos mais significativos autores portugueses da actualidade e, sem dúvida, um dos mais conhecidos. A primeira fase da sua carreira foi marcada, sobretudo, pela poesia (Provavelmente Alegria, 1970; O Ano de 1993, 1975) e pela crónica, género que começou por granjear-lhe notoriedade, através dos jornais onde colaborou (Deste Mundo e do Outro, 1971; A Bagagem do Viajante, 1973; As Opiniões que o DL Teve, 1974; Apontamentos, 1976). Saramago dedicou-se ainda, a partir de finais dos anos 70, ao teatro, publicando A Noite (1979, peça que tem como cenário uma redacção de jornal na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 e que recebeu o prémio da Associação de Críticos Portugueses), Que Farei com Este Livro? (1980), A Segunda Vida de Francisco de Assis (1987) e In Nomine Dei (1993). No entanto, foi sobretudo como romancista que o seu nome se tornou consagrado, tendo publicado, em 1977, Manual de Caligrafia e Pintura. Levantado do Chão (1980, Prémio Cidade de Lisboa, Prémio Internacional Ennio Flaiano) constituiu um importante marco na sua carreira. Uma das tendências mais marcantes da sua obra romanesca, assinalável em Memorial do Convento (1982), o seu romance mais célebre, é a da reconstituição de períodos históricos a partir dos quais é construída uma narrativa fantástica, que estabelece a ligação entre os dados verosímeis e concretos e realidades de ordem interior, fundamentais da vida humana, na sua interrogação e contradições constantes. Para tal serve-se o autor de uma imaginação prodigiosa, aliada a uma grande força lírica e capacidade descritiva. Temas mais ou menos constantes são os da verdade, da invenção e do papel da arte na construção do conhecimento possível do mundo. Saramago consegue criar uma cumplicidade profunda com o leitor, assumindo-se claramente, como narrador, no papel omnisciente de dominador da matéria romanesca e no acompanhamento das personagens, com as quais (devido, entre outros factores, ao seu estilo muito pessoal, com uma pontuação de que estão ausentes as marcas introdutórias do discurso directo) a sua voz se confunde por vezes de forma inextricável, num tom desenganado e irónico que o leva à moralização, ao aforismo, e a que está associada a preocupação com a construção positiva do Homem e do futuro. Para além das obras referidas, publicou os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984, Prémio do Pen Clube Português, Prémio da Crítica, Prémio D. Dinis, Prémio Grinzane-Cavour, Prémio do jornal The Independent), A Jangada de Pedra (1986), História do Cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991, Grande Prémio do Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores), Ensaio Sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), Folhas Políticas, 1976-98 (1999) e A Caverna (2000). A obra O Evangelho Segundo Jesus Cristo foi alvo de acesa controvérsia, extravasando de aspectos puramente literários para a moral e a política. O tratamento dado à figura de Jesus Cristo (e a interpretação da religião cristã, em geral) foi considerado, por alguns sectores, ofensivo, tendo o subsecretário da cultura de então, numa atitude também controversa, excluído a obra da lista dos candidatos ao Prémio Europeu de Literatura. A polémica envolveu a APE, que já por várias vezes havia preterido obras de Saramago na atribuição do seu prémio, e que viria a consagrá-lo nesse ano, 1991, embora não por unanimidade. Um dos escritores mais traduzidos da literatura em língua portuguesa, publicado em variadíssimos países, recebeu ainda o Prémio Internacional Literário Mondello (1992) e o Prémio Literário Brancatti (1992), ambos italianos e atribuídos pelo conjunto da sua obra, o Prémio Vida Literária da APE (1993), o Prémio Consagração SPA (1995) e o Prémio Camões (1995). Em 1998, foi consagrado com o Prémio Nobel da Literatura, pela primeira vez atribuído a um escritor de língua portuguesa. Em Novembro de 2000, foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Santiago. José Saramago publicou também dois volumes de contos (Objecto Quase, 1978, e Poética dos Cinco Sentidos, 1979) e iniciou, em 1994, a edição de um diário intitulado Cadernos de Lanzarote, que tem já, presentemente, vários volumes. Memorial do Convento e In Nomine Dei foram adaptados à ópera pelo compositor Azio Corghi sob os títulos, respectivamente, de Blimunda e Divara, tendo, entretanto, a primeira obra sido adaptada ao teatro, com representação, em Portugal, em 1999.
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