Alguns Poemas
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Jalal ad-Din Mu?ammad Balkhi, mais conhecido como Rumi, é um dos mais importantes poetas persas e místicos sufis, nascido na região de Coraçone, hoje Afeganistão, a 30 de setembro de 1207. Sua família, no entanto, logo emigrou para a Anatólia, hoje Turquia, devido aos avanços das tropas mongóis de Genghis Khan, fixando-se na cidade de Konya. Sob a influência de seu pai, o teólogo Baha ud-Din Walad, líder da comunidade sufi na cidade, e poetas como Sana'i (1080-1141) e ?A??ar (1145-1221), Rumi era já um importante mestre sufi quando se deu o maior evento de sua vida: seu encontro com o místico andarilho Shams de Tabriz (1185-1248), segundo a tradição no dia 15 de novembro de 1244. Os dois passariam longos períodos juntos, em conversação e meditação. Shams desapareceu quatro anos mais tarde, de forma misteriosa. Alguns acreditam que tenha sido assassinado por discípulos de Rumi, ciumentos da amizade dos dois. Seria em sua angústia e luto por Shams de Tabriz que Rumi, abraçando uma coluna com o braço esquerdo, começou a circundá-la, a mão direita erguida em concha expectante. Enquanto rodopiava em torno da coluna, começou a vocalizar seus primeiros poemas. Daí, segundo a tradição, vem a dança dos dervixes, que reencena o momento de angústia mística de Rumi, que viria a intitular uma de suas coletâneas de poemas Divan-e Šams-e Tabrizi, "Poemas de Shams de Tabriz", aceitando que sem Shams ele jamais os teria escrito.
Infelizmente, Rumi ainda não teve a sorte de encontrar no Ocidente um tradutor tão congenial como foi Edward FitzGerald para Omar Khayyam (1048-1131), fazendo de sua versão inglesa para o Rubáiyát uma das obras poéticas mais importantes que temos em uma língua ocidental. O poema abaixo foi o primeiro que li de Rumi, e jamais me deixou. Procuro ler o grande sufi em várias traduções, mas é considerado quase impossível verter toda a musicalidade, esquemas rítmicos e de rima do poeta persa em nossas línguas.
--- Ricardo Domeneck
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