Affonso Ávila
Affonso Ávila foi um pesquisador, ensaísta e poeta brasileiro.
Alguns Poemas
Affonso Ávila (Belo Horizonte MG, 1928) publicou seu primeiro livro de poesia, O Açude. Sonetos da Descoberta, em 1953. Na época, trabalhava como auxiliar de gabinete do então governador Juscelino Kubitschek e como colaborador dos periódicos Diário de Minas, Tendência e Estado de Minas. Nos anos seguintes, participaria da campanha de JK para presidente e se aproximaria dos poetas concretistas de São Paulo. Em 1961, saiu seu livro Carta do Solo; em 1963, era a vez de Frases-feitas. Em 1967, tornou-se colaborador da revista Invenção, do grupo concretista. Sua identificação com a poesia de vanguarda o levaria a retirar sua participação na I Bienal Nestlé de Literatura, em protesto aos ataques às vanguardas dos anos 60. Em 1991 recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro O Visto e o Imaginado (1990). Sua poesia, bastante influenciada pelo concretismo, caracteriza-se pela experimentação linguística e pela forte presença temática do erotismo e do engajamento ideológico.
Affonso Ávila nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1928. Estreou com o livro O Açude, em 1953. Em 1961, lançou Carta do Solo, e, em 1963, Frases-feitas. Na década de 60, colaborou com a revista Invenção, do grupo Noigandres.
Foi um dos fundadores da revista Tendências, com poetas e intelectuais como Rui Mourão, Fábio Lucas, Laís Corrêa de Araújo, Fritz Teixeira de Sales e Heitor Martins. Publicou ainda O lúdico e as projeções do mundo barroco (197), Código de Minas (1969), Código Nacional de Trânsito (1972), Cantaria barroca (1975), Discurso da difamação do poeta (1976), Barroco mineiro: glossário de arquitetura e ornamentação (1979), Masturbações (1980), Barrocolagens (1981), Delírio dos cinqüent'anos (1984), O belo e o velho (1987), O visto e o imaginado (1990), A lógica do erro (2002) e Poeta Poente (2010).
Teve sua obra reunida, em 2008, no volume Homem ao Termo: Poesia Reunida (1949-2005), e sua publicação mais recente foi Égloga da maçã (São Paulo: Ateliê Editorial, 2012). Sua poesia satírica, ao lado da de Sebastião Nunes, talvez seja insuperável no pós-guerra.
O poeta morreu a 27 de setembro de 2012. O Brasil perde um dos mais consistentes e importantes poetas e críticos dos últimos 60 anos, um dos poucos e raros a fazer do Barroco histórico uma herança legítima e frutífera, herdeiro e contemporâneo tanto do Murilo Mendes de Contemplação de Ouro Preto (1954), como do de Convergências (1966).