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Poeta, ficcionista e jornalista.Depois de ter feito estudos secundários em Cabo Verde, frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, cidade onde viveu até 1973, exercendo a profissão de jornalista. Naquele ano, foi forçado por motivos políticos a exilar-se em Roterdão, exílio que deixaria, em 1975, para voltar a Cabo Verde como funcionário do Ministério da Educação e Cultura.A sua estreia verifica-se em 1958, publicando poemas nas revistas Vértice, de Coimbra, e Claridade, de São Vicente, Cabo Verde. Ainda voltará a colaborar naquelas revistas e, também, em Cabo Verde e Raízes, da Cidade da Praia, Mensagem, da Casa dos Estudantes do Império, de Lisboa, Notícias do Imbondeiro, de Sá da Bandeira, Angola, Nôs Vida, da Associação Cabo-Verdiana de Roterdão, e Journal des Poètes, de Bruxelas. Foi co-fundador, com Aguinaldo Fonseca, Francisco Lopes, Gabriel Mariano e outros, do Suplemento Cultural, de São Vicente (1958).Está representado, entre outras, nas seguintes antologias: Antologia de Poesia Negra de Expressão Portuguesa, de Mário de Andrade (1958); Mákua, de Garibaldino de Andrade e Leonel Cosme (Vol. 2, 1963); Poetas e Contistas Africanos de Expressão Portuguesa, de João Alves das Neves (São Paulo, 1963); Contos Portugueses do Ultramar, de Amândio César (Vol. 1, 1969); Poesia Africana di Rivolta, de Giuseppe Tavani (Baria, Itália, 1969); Literatury cernè Afriky [Literaturas da África Negra], de Vladimir Klíma, Karel Ruzicka e Petr Zima (Praga, 1972); Literatura Portuguesa Moderna, de Massaud Moisés (São Paulo, 1973); No Reino de Caliban, de Manuel Ferreira (Vol. 1, 1975); A Negritude e a Luta pelas Independências na África Portuguesa, de Eduardo dos Santos (1975); Poèziia bor'by [A Poesia da Luta], de Helena A. Riáuzova (Moscovo, 1976); Antologia Temática de Poesia Africana, de Mário de Andrade (Vols. 1 e 2, 1976 e 1979).Para Timóteo Tio Tiofe («Arte Poética e Artefactos Poéticos em Cabo Verde», Nôs Vida, Roterdão, 1974), «... Ovídio [Martins] representa, do ponto de vista sociológico, a mais marcada consciência de escritor de todo este meio século de criação em Cabo Verde».Pierrete e Gérard Chalender, da Universidade de Montpellier, que lhe dedicaram um interessante estudo (Estudos Portugueses e Africanos, Universidade de Campinas, nº. 29, 1997), salientam que Ovídio Martins «é, antes de mais um poeta profundamente enraizado na cultura cabo-verdiana e no momento histórico que viveu. Desde as suas primeiras publicações, optou por uma poesia política cuja violência verbal contesta fortemente a ordem estabelecida [...] e que desenvolve certas constantes estilísticas e retóricas de que será necessário fazer o inventário.»
Ver também
Anonimo
gosto muito do texto tchutchinha de Ovídio Martins, mas este site não tem o conteúdo necessário.
24/novembro/2023