Gregório de Matos

Gregório de Matos

Gregório de Matos Guerra, alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil colônia.

1636-12-20 Salvador, Bahia, Brasil
1696-11-26 Recife, Pernambuco, Brasil
217616
6
68


Prémios e Movimentos

Barroco

Alguns Poemas

Finge que Defende a Honra

Uma cidade tão nobre,
uma gente tão honrada
veja-se um dia louvada
desde o mais rico ao mais pobre:
cada pessoa o seu cobre,
mas se o diabo me atiça,
que indo a fazer-lhe justiça
algum saia a justiçar,
não me poderão negar
que por direito, e por Lei
esta é a justiça, que manda El-Rei

O Fidalgo de solar
se dá por envergonhado
de um tostão pedir prestado
para o ventre sustentar:
diz que antes o quer furtar
por manter a negra honra,
que passar pela desonra
de que lhe neguem talvez;
mas se o virdes nas galés
com honras de Vice-Rei,
esta é a justiça, que manda El-Rei

A Donzela embiocada
mal trajada, e mal comida,
antes quer na sua vida
ter saia, que ser honrada:
à pública amancebada
por manter a negra honrinha,
e se lho sabe a vizinha
e lho ouve a clerezia,
dão com ela na enxovia
e paga a pena da lei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

A Casada com adorno,
e o Marido mal vestido,
crede que este tal Marido
penteia monho de corno:
se disser pelo contorno
que se sofre a Frei Tomás
por manter a honra o faz,
esperai pela pancada,
que com carocha pintada
de Angola há de ser Visrei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Os Letrados Peralvilhos
citando o mesmo Doutor
a fazer de réu o Autor
comem de ambos os carrinhos:
se se diz pelos corrilhos
sua prevaricação,
a desculpa, que lhe dão,
é a honra de seus parentes
e entonces os requerentes
fogem desta infame grei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Clérigo julgador,
que as causas julga sem pejo,
não reparando que eu vejo
que erra a Lei, e erra o Doutor:
quando vêem de Monsenhor
a sentença revogada
por saber que foi comprada
pelo jimbo, ou pelo abraço,
responde o Juiz madraço,
minha honra é minha Lei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Mercador avarento,
quando a sua compra estende,
no que compra, e no que vende,
tira duzentos por cento:
não é ele tão jumento,
que não saiba que em Lisboa
se lhe há de dar na gamboa;
mas comido já o dinheiro
diz que a honra está primeiro,
e que honrado a toda Lei:
esta é justiça, que manda El-Rei.

A Viúva autorizada,
que não possui um vintém,
porque o Marido de bem
deixou a casa empenhada:
ali vai a fradalhada,
qual formiga em correição,
dizendo que à casa vão
manter a honra da casa;
se a virdes arder em brasa,
que ardeu a honra entendei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Adônis da manhã,
o Cupido em todo dia,
que anda correndo a coxia
com recadinhos da Irmã:
e se lhe cortam a lã,
diz que anda naquele andar
por a honra conservar
bem tratado, e bem vestido,
eu o verei tão despido,
que até as costas lhe verei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Se virdes um Dom Abade
sobre o púlpito cioso,
não lhe chameis religioso,
chamai-lhe embora de frade:
e se o tal paternidade
rouba as rendas do convento
para acudir ao sustento
da puta, como da peita,
com que livra da suspeita
do Geral, do Viso-Rei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Epílogos

Que falta nesta cidade?................Verdade
Que mais por sua desonra?...........Honra
Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.

Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio
Quem causa tal perdição?.............Ambição
E o maior desta loucura?...............Usura.

Notável desventura
de um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.

Quais são os seus doces objetos?....Pretos
Tem outros bens mais maciços?.....Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?...Mulatos.

Dou ao demo os insensatos,
dou ao demo a gente asnal,
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?...Meirinhos
Quem faz as farinhas tardas?.........Guardas
Quem as tem nos aposentos?.........Sargentos.

Os círios lá vêm aos centos,
e a terra fica esfaimando,
porque os vão atravessando
Meirinhos, Guardas, Sargentos.

E que justiça a resguarda?.............Bastarda
É grátis distribuída?......................Vendida
Que tem, que a todos assusta?.......Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa,
o que El-Rei nos dá de graça,
que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, Injusta.

Que vai pela clerezia?..................Simonia
E pelos membros da Igreja?..........Inveja
Cuidei, que mais se lhe punha?.....Unha.

Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Sé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.

E nos frades há manqueiras?.........Freiras
Em que ocupam os serões?............Sermões
Não se ocupam em disputas?.........Putas.

Com palavras dissolutas
me concluís na verdade,
que as lidas todas de um Frade
são Freiras, Sermões, e Putas.

O açúcar já se acabou?..................Baixou
E o dinheiro se extinguiu?.............Subiu
Logo já convalesceu?.....................Morreu.

À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, Subiu, e Morreu.

A Câmara não acode?...................Não pode
Pois não tem todo o poder?...........Não quer
É que o governo a convence?........Não vence.

Que haverá que tal pense,
que uma Câmara tão nobre
por ver-se mísera, e pobre
Não pode, não quer, não vence.

FlNGINDO O POETA QUE ACODE PELAS HONRAS

DA CIDADE,ENTRA A FAZER JUSTIÇA EM SEUS
MORADORES, ASSINALANDO-LHES OS VICIOS,
EM QUE ALGUNS DELES SE DEPRAVAVAM

Uma cidade tão nobre,
uma gente tão honrada
veja-se um dia louvada
desde o mais rico ao mais pobre:
cada pessoa o seu cobre,
mas se o diabo me atiça,
que indo a fazer-lhe justiça
algum saia a justiçar,
não me poderão negar
que por direito, e por Lei
esta é a justiça, que manda El-Rei

O Fidalgo de solar
se dá por envergonhado
de um tostão pedir prestado
para o ventre sustentar:
diz que antes o quer furtar
por manter a negra honra,
que passar pela desonra
de que lhe neguem talvez;
mas se o virdes nas galés

com honras de Vice-Rei,
esta é a justiça, que manda El-Rei

A Donzela embiocada
mal trajada, e mal comida,
antes quer na sua vida
ter saia, que ser honrada:
à pública amancebada
por manter a negra honrinha,
e se lho sabe a vizinha
e lho ouve a clerezia,
dão com ela na enxovia
e paga a pena da lei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

A Casada com adorno,
e o Marido mal vestido,
crede que este tal Marido
penteia monho de corno:
se disser pelo contorno
que se sofre a Frei Tomás
por manter a honra o faz,
esperai pela pancada,
que com carocha pintada
de Angola há de ser Visrei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Os Letrados Peralvilhos
citando o mesmo Doutor
a fazer de réu o Autor
comem de ambos os carrinhos:
se se diz pelos corrilhos
sua prevaricação,
a desculpa, que lhe dão,
é a honra de seus parentes
e entonces os requerentes
fogem desta infame grei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Clérigo julgador,
que as causas julga sem pejo,
não reparando que eu vejo
que erra a Lei, e erra o Doutor:
quando vêem de Monsenhor
a sentença revogada
por saber que foi comprada
pelo jimbo, ou pelo abraço,
responde o Juiz madraço,
minha honra é minha Lei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Mercador avarento,
quando a sua compra estende,
no que compra, e no que vende,
tira duzentos por cento:
não é ele tão jumento,
que não saiba que em Lisboa
se lhe há de dar na gamboa;
mas comido já o dinheiro
diz que a honra está primeiro,
e que honrado a toda Lei:
esta é justiça, que manda El-Rei.

A Viúva autorizada,
que não possui um vintém,
porque o Marido de bem
deixou a casa empenhada:
ali vai a fradalhada,
qual formiga em correição,
dizendo que à casa vão
manter a honra da casa;
se a virdes arder em brasa,
que ardeu a honra entendei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

O Adônis da manhã,
o Cupido em todo dia,
que anda correndo a coxia
com recadinhos da Irmã:
e se lhe cortam a lã,
diz que anda naquele andar
por a honra conservar
bem tratado, e bem vestido,
eu o verei tão despido,
que até as costas lhe verei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Se virdes um Dom Abade
sobre o púlpito cioso,
não lhe chameis religioso,
chamai-lhe embora de frade:
e se o tal paternidade
rouba as rendas do convento
para acudir ao sustento
da puta, como da peita,
com que livra da suspeita
do Geral, do Viso-Rei:
esta é a justiça, que manda El-Rei.

Gregório de Matos (Salvador BA 1636 - Recife PE 1696) estudou com padres jesuítas, em Salvador, no final da década de 1640. Em Coimbra, Portugal, formou-se em Direito, em 1661. Voltando ao Brasil no início da década de 1680, foi desembargador e tesoureiro-mor, em Salvador, e acabou destituído de seus cargos eclesiásticos pela recusa de receber ordens sacras e usar batina. Autor de composições satíricas e improvisos repletos de críticas pessoais, sociais e políticas, Gregório de Matos acabou envolvido em intrigas e perseguições, pela irreverência de suas sátiras. Seus poemas circulavam em manuscritos ou eram transmitidos oralmente; o poeta não publicou livros em vida. Em 1694, desentendimentos políticos lhe custam o degredo para Luanda, Angola. Um ano depois, retornaria ao Brasil, como recompensa por ter defendido Portugal em conflitos coloniais. Um dos maiores nomes de nossa poesia barroca, Gregório de Matos ficou conhecido como “boca-do-inferno” por seus poemas satíricos, obscenos, maledicentes. Mas também tematizou o amor idealizado, o temor divino e a reflexão moral, em versos influenciados pela poesia de Gôngora e Quevedo.Poeta barroco, de ascendência portuguesa. Nascido no Brasil, em data incerta, teve uma vida aventureira e boémia. Sabe-se que era filho de uma família católica abastada e que foi educado segundo os rígidos preceitos dos Jesuítas. Em 1652 veio para Coimbra estudar Direito. Durante o seu tempo de estudante contactou com as obras de Camões, Gôngora e Quevedo, autores que muito o influenciaram. Diplomou-se, em 1661, em Direito Civil e Canónico. Tornou ao Brasil, mas passado um ano voltaria a Portugal. Consta que se terá casado e terá sido juiz em Lisboa. Regressado ao Brasil, após desacatos na metrópole, desempenhou os cargos de vigário-geral e tesoureiro-mor da Baía. Nessa fase da sua vida abandonou a poesia satírica e obscena que o tornara famoso para se dedicar à poesia religiosa. Casou-se pela segunda vez em 1691, com uma idade já bastante avançada. Excêntrico e polémico, a sua tendência para a sátira impiedosa granjeou-lhe o epíteto de «O Boca do Inferno». Com a sua pena, não poupou ninguém, o que lhe criou inúmeras inimizades e lhe trouxe as mais diversas complicações. Consta que, mesmo no fim da sua vida, em 1694, teria sido perseguido e obrigado a exilar-se em Angola por ter atingido com as suas sátiras o filho do governador da Baía. Voltou em 1695 ao Recife, já com a saúde bastante debilitada, e aí viria a falecer em 1696. Apesar de ser conhecido em Portugal como poeta, foi no Brasil que escreveu a quase totalidade da sua obra, que circulava em manuscritos durante o século XVII. Cultivou géneros bastante variados como a sátira, a lírica profana e religiosa, a encomiástica, e ainda os estilos cultista e conceptista típicos do período barroco. Apesar de ter feito versos de amor e de teor religioso, foi sobretudo como poeta satírico que se notabilizou. Numa perspectiva sociológica, a sua poesia satírica pode ser encarada como um importante documento da sociedade colonial de Seiscentos. Em pleno século XVII, Gregório de Matos manifestou já um forte sentimento independentista, como se depreende dos versos desta célebre quadra, onde critica a exploração dos brasileiros por parte dos portugueses: «Que os brasileiros são bestas / E estão sempre a trabalhar / Toda a vida por manter / Maganos de Portugal». Mas é na sua poesia religiosa e moralista que mais sobressai o seu talento poético. A sua lírica amorosa, de que fazem parte alguns dos mais belos poemas do seu tempo, prossegue a tradição renascentista que idealiza o amor e a mulher, mas é também crua e obscena por vezes. Na linguagem dos seus poemas abundam vocábulos de origem tupi e africanismos
-
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA: O "BOCA DO INFERNO" | BARROCO | Resumo de Literatura Enem. Profe Camila
Barroco: Gregório de Matos Guerra
Gregório de Matos - Brasil Escola
Gregório de Matos - Ana Carolina
POEMAS ESCOLHIDOS - GREGÓRIO DE MATOS - RESUMÃO#16
Tudo sobre o “Boca-do-inferno” - Gregório de Matos
Poemas Escolhidos de Gregório de Matos 🇧🇷 | Tatiana Feltrin
[Livros da Fuvest] Poemas Escolhidos (Gregório de Matos)
AULA 14 | GREGÓRIO DE MATOS (Estilo de Época) | PROF. JORGE MIGUEL
Gregório de Matos - Ciência & Letras - Canal Saúde
PAS 1 - Poemas de Gregório de Matos - características do autor e análises.
Gregório de Matos Guerra: O Boca do Inferno
Barroco: Gregório de Matos e Pe. Antônio Vieira
Gregório de Matos – “Poemas escolhidos"
VIDA E OBRA | GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
GREGÓRIO DE MATOS - MELHORES POEMAS
APRENDA SOBRE GREGÓRIO DE MATOS (O "Boca do Inferno")
Literatura - Gregório de Matos
Poemas escolhidos de Gregório de matos -orientação de leitura - #01
Buscando A Cristo | Poema de Gregório De Matos com narração de Mundo Dos Poemas
Para Ler Gregório de Matos
A Cristo Nosso Senhor Crucificado | Poema de Gregório de Matos com narração de Mundo Dos Poemas
QUEM FOI O BOCA DO INFERNO? | Vida e obra de Gregório de Matos
Soneto VII | Poema de Gregório de Matos com narração de Mundo Dos Poemas
Poemas Escolhidos de Gregório de Matos (FUVEST): resumo, análise e dicas
ANALISANDO GREGÓRIO DE MATOS | UEL
Poemas escolhidos de Gregório de Matos [Fuvest 2023]
Gregório de Matos - Lírica Amorosa - Análise obra PAS-UnB
Antologia Poética de Gregório de Matos - Profa. Débora Rocha
Mortal Loucura (José Miguel Wisnik/Gregório de Matos)
POEMAS ESCOLHIDOS | Gregório de Matos | Resumo + Análise
Análise do poema "A Jesus Cristo Nosso Senhor" de Gregório de Matos Guerra.
Gregório de Matos Guerra
Gregório de Matos - Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
BBM no Vestibular: Poemas escolhidos de Gregório de Matos
Análise do poema "Triste Bahia" de Gregório de Matos Guerra.
Leitura e análise de "À Cidade da Bahia" de Gregório de Matos
Gregório de Matos - A Cristo Nosso Senhor crucificado
Poemas Escolhidos de Gregório de Matos - by Ju Palermo - Fuvest
ANTOLOGIA POÉTICA DE GREGÓRIO DE MATOS
1º Soneto A Maria Dos Povos | Poema de Gregório de Matos com narração de Mundo Dos Poemas
#Dica dos Professores - Literatura - Barroco: Gregório de Matos Guerra
GREGÓRIO DE MATOS - SONETO - Descreve a vida escolástica
Gregório de Matos: “Triste Bahia! Ó quão dessemelhante"
Poemas Escolhidos | Gregório de Matos | Principis - Livrarias Família Cristã
gregorio de Matos
GREGÓRIO DE MATOS DEFINIU, NO SÉCULO XVII, O AMOR (...) | CICLO DO AÇÚCAR E SOCIEDADE COLONIAL
Gregório de Matos, O poeta "Boca do Inferno"
Poemas Escolhidos | Análise Literária [Fuvest] - Brasil Escola
Thiago Lucas | Ao Governador Antônio Luís | Gregório de Matos
GEOVANA PNC
GEOVANA FOFOQUEIRA E INVEJOSA
04/abril/2024
COME CU
EU DARIA PRO BOCA DE FOGO
04/abril/2024
@tpnmama
Achei tudo mas to aq por obrigacão mesmo nesse caralho
07/junho/2021
Heitor Bortolo
Muito lindo, representa o real sentimento de um fiel penintente, combatendo seus escrúpulos, mas confiante em seu Senhor
17/fevereiro/2021
Teu cu na minha mão
Tua mãe sabe que tu é gay?
09/dezembro/2020
roger pato
tenho q fazer um trabalho sobre ele mas dps dessa letra prefiro interpretar tião caminhoneiro hell
13/novembro/2020
Seu tio e gay!!!!!!
Seu tio Claudio e gay e sua familia não sabe!!!!!!
16/julho/2020
Sua mãe e nossa
Seu pai usa calsinha e vc não sabe.
16/julho/2020
seu cu e meu
Uma bosta!!!!!!!!!!
16/julho/2020
Jacinto Leite Aquino Rego
sasuke e naruto
21/maio/2020
Jimmy lindão
legal
31/março/2020
jimmy goxtoxo
achei um óctimo poema
26/março/2020
jimmy o legal
óctimo
26/março/2020
ellen lopes
muito bom
19/setembro/2019
André Matheus
E muito massa
23/julho/2019

Quem Gosta

Seguidores