No dia da morte

decretada de um Poeta

(18/10/85)
Hoje
é o dia decretado
para a morte
do poeta que não morre
corda, a mordaça da voz
sem sombra de silêncio.

Da terra que te abraça
sobe o grito renovado
terra irmã do teu corpo
na força e na cor

Cânticos de liberdade soam
na morte do poeta
que não morre…

E de negro se veste o espiritual
negras vozes o entoam
mas a vida fica perto
de quem morrendo não morre
por cantar liberdade.

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