Saudades de Ti
Ainda
ouço seus sons
Sinto o cheiro dos teus cabelos
Ao serem penteados pelos corais
Enchendo-se de enfeites de algas
E de vivos peixes que passeiam por suas melenas verdes e azuis
Caindo por suas franjas de brancura espumante
Nas mãos de seus amantes
Sinto falta de tuas coxas alvas
E de tuas pernas onduladas
Que se encaixam simetricamente em seus seios montanhosos
O doce odor podre de tuas axilas portuárias
Que embriagam o cais
Com tua essência
Tuas favelas arquitetadas
Apinhando-se sobre morros
E vilas apertadas
Com seu feijão preto
E o samba de raiz
Vingando do gueto
Suburbano de seus encantos
Narrando a rotina embriagante
Dos poetas apaixonados
Que ao som de tiros trágicos
Tingem seus corações de amor
E bradam a volta ás suas carnes
Cantando teu nome:
Rio de Janeiro
ouço seus sons
Sinto o cheiro dos teus cabelos
Ao serem penteados pelos corais
Enchendo-se de enfeites de algas
E de vivos peixes que passeiam por suas melenas verdes e azuis
Caindo por suas franjas de brancura espumante
Nas mãos de seus amantes
Sinto falta de tuas coxas alvas
E de tuas pernas onduladas
Que se encaixam simetricamente em seus seios montanhosos
O doce odor podre de tuas axilas portuárias
Que embriagam o cais
Com tua essência
Tuas favelas arquitetadas
Apinhando-se sobre morros
E vilas apertadas
Com seu feijão preto
E o samba de raiz
Vingando do gueto
Suburbano de seus encantos
Narrando a rotina embriagante
Dos poetas apaixonados
Que ao som de tiros trágicos
Tingem seus corações de amor
E bradam a volta ás suas carnes
Cantando teu nome:
Rio de Janeiro
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