Mamãe

É quase noite, Não encontro abrigo.
O mundo ri de meu penar sincero.
O sofrimento sempre traz consigo
travo, amargador, mas não me desespero.

Olhar sereno, meu caminho sigo,
a conduzir, nem sempre como quero
este viver de sonhos, que bendigo,
num mundo feito de sabor austero.

O mundo é falho. A humanidade, ingrata.
Tem a mulher caprichos bem diversos.
Até num riso, às vezes, nos maltrata.

Entre nós dois, Mamãe, o amor não finda.
Teu coração não cabe nestes versos.
Minha saudade é bem maior ainda...

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