Soneto XVI

Não conheço que força ingente e estranha
Impeliu-me tristonho a tal afeto...
Nem sei que bem... que palpitar secreto
Põe-me ditoso e Amor meu Peito ganha!

Dos suspiros o som sereno e manso
Tomou-me ultimamente o peito aflito.
Ah! sonhos de paixão em que me agito!
Ah! vigílias em febre sem descanso!

Não sei que força esplêndida e plangente,
No coração o amor me vai soprando
Em me levando a esse suspiro infindo...

Não me importa saber — sentir somente:
Vivendo em ti eu morrerei cantando,
Morrendo em mim tu viverás sorrindo!

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