Insegurança
Tenho medo de ti, ó meu irmão,
Dessas palavras mansas tenho medo,
Se até as pedras ouvem o segredo
Guardado nos confins do coração ...
Tenho receio, amor, dessa canção
Que tu me cantas, desse teu enredo
Será teu corpo a nau para o degredo.
Teus braços nus a grade da prisão?
Minha mãe! minha mãe! não te confio
O meu destino e é vão esse teu pranto!
Não trairás acaso o filho amado?
Não me conheço nessa voz que rio,
Espreitam-me os assassinos, e, no entanto,
É um criminoso o que ficar calado!
Dessas palavras mansas tenho medo,
Se até as pedras ouvem o segredo
Guardado nos confins do coração ...
Tenho receio, amor, dessa canção
Que tu me cantas, desse teu enredo
Será teu corpo a nau para o degredo.
Teus braços nus a grade da prisão?
Minha mãe! minha mãe! não te confio
O meu destino e é vão esse teu pranto!
Não trairás acaso o filho amado?
Não me conheço nessa voz que rio,
Espreitam-me os assassinos, e, no entanto,
É um criminoso o que ficar calado!
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