Samarone Lima de Oliveira

Samarone Lima de Oliveira

Jornalista e escritor

1969-05-03 Crato
1324
0
0

Um nome à minha sombra

Eu poderia jogar as mãos no mar
E endurecer porque há o infinito
E me completa.

E poderia recolher
O que disseram ser meu
E baixar os olhos em súplica
Como uma intenção desabitada.

Nada disso me levaria
A pontos extremos
(E sinto a respiração
Dos mesmos pássaros que sonhei).

Acedo. Aquieto.
A imensa ternura, engolfada pelas ondas
Murmura qualquer coisa indecifrável
Que julgava minha.

Elaboro a espera.
Mancho de branco o que restou
(As espumas diriam)
E sei que há um nome à minha sombra.

É quando o mar percebe a súplica.
E tudo devolve.
153
0


Prémios e Movimentos

FBN 2014

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores