António Ramos Rosa
António Victor Ramos Rosa, foi um poeta, português, tradutor e desenhador. Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde.
1924-10-17 Faro
2013-09-23 Lisboa
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Linhas E Cores
Klee
Por umas escadas toscas, infantis, leves, subo à janela do velho que espreita para a rua. Uma aranha tece a claridade do vento. A janela solta evapora-se. Leves, leves, as escadas apoiam-se numa parede de ar.
Klee
No silêncio da caixa de vidro, o silêncio do ar e da luz, o ponto que se desvanece, a imobilidade do pássaro. A linha caminha, macia, firme. O homem caminha na linha, no meio da luz e do silêncio. Ao fim da linha há o espaço da página branca. Não há ponte e o sorriso do homem tremula ao vento como um fio.
Bissière
Dos quadradinhos coloridos, de breves trémulos riscos — exalava-se o cheiro do pão de outrora, uma parede de moinho, uma roda imóvel, um beijo no sol, a terra e a mão do menino.
Por umas escadas toscas, infantis, leves, subo à janela do velho que espreita para a rua. Uma aranha tece a claridade do vento. A janela solta evapora-se. Leves, leves, as escadas apoiam-se numa parede de ar.
Klee
No silêncio da caixa de vidro, o silêncio do ar e da luz, o ponto que se desvanece, a imobilidade do pássaro. A linha caminha, macia, firme. O homem caminha na linha, no meio da luz e do silêncio. Ao fim da linha há o espaço da página branca. Não há ponte e o sorriso do homem tremula ao vento como um fio.
Bissière
Dos quadradinhos coloridos, de breves trémulos riscos — exalava-se o cheiro do pão de outrora, uma parede de moinho, uma roda imóvel, um beijo no sol, a terra e a mão do menino.
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