Edmir Domingues
Edmir Domingues da Silva foi um advogado e poeta brasileiro.
1927-06-08 Recife Pernambuco Brasil
2001-04-01 Recife
34298
40
33
soneto III - É meu o mar
E a ti, te trago agora o meu convite
de ver eus ilhas todas, no meu barco,
e esquecendo este sangue e este tormento
passar além dos vagos horizontes.
No teu cabelo a rosa branca e eterna
que nunca há de murchar, no teu cabelo
negro (mais negro até que a noite de antes)
como as flores do inferno assim são negras.
Falo tanto de mar, que até parece
que é meu o mar, que é meu e teu somente
com seus céus de sorriso e maresia.
Mas serão teus, ocasos, madrugadas,
e os meus olhos já leves, libertados,
esquecidos de dor, tristeza, e morte.
de ver eus ilhas todas, no meu barco,
e esquecendo este sangue e este tormento
passar além dos vagos horizontes.
No teu cabelo a rosa branca e eterna
que nunca há de murchar, no teu cabelo
negro (mais negro até que a noite de antes)
como as flores do inferno assim são negras.
Falo tanto de mar, que até parece
que é meu o mar, que é meu e teu somente
com seus céus de sorriso e maresia.
Mas serão teus, ocasos, madrugadas,
e os meus olhos já leves, libertados,
esquecidos de dor, tristeza, e morte.
241
0
Mais como isto
Ver também