Dedicação
Fico em casa, aguardo um telefonema
Um cinema, restaurante, saidinha.
Sendo a minha esperança derradeira,
Fico à beira do abismo da vontade.
Como um frade, celibato dedicado,
Mal pensado, por alguém que nem conheço.
Deus, mereço essa mulher tão sonhada ?
Mas que nada ! Nunca olhou para mim...
Vago, enfim, com a fome do carinho
No meu ninho, recolhido e insaciável
E, o que é provável, à espera de ninguém
O meu bem não tem nome, fico à míngua.
Minha língua se transforma em muita tinta :
No que pinta à mente, boto forma e cor.
E o amor que novamente respiro, e onde navego,
Deixa-me cego aos desígnios da razão.
Uma paixão me arrasa, me inspira ;
É minha lira, o poema revelado.
Coitado de quem nunca a descobriu !
Jamais sentiu seu coração em brasa...
Um cinema, restaurante, saidinha.
Sendo a minha esperança derradeira,
Fico à beira do abismo da vontade.
Como um frade, celibato dedicado,
Mal pensado, por alguém que nem conheço.
Deus, mereço essa mulher tão sonhada ?
Mas que nada ! Nunca olhou para mim...
Vago, enfim, com a fome do carinho
No meu ninho, recolhido e insaciável
E, o que é provável, à espera de ninguém
O meu bem não tem nome, fico à míngua.
Minha língua se transforma em muita tinta :
No que pinta à mente, boto forma e cor.
E o amor que novamente respiro, e onde navego,
Deixa-me cego aos desígnios da razão.
Uma paixão me arrasa, me inspira ;
É minha lira, o poema revelado.
Coitado de quem nunca a descobriu !
Jamais sentiu seu coração em brasa...
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