Soneto a Bill Clinton – 2

Não há nos pavorosos arsenais
que da paz desmentem as esperanças
outra arma de efeitos tão letais
como aquele cacete do Arkansas.

Cada vez que ele se entesa, as capitais
entram em crise, tremem as finanças,
as bolsas caem, sobem os jornais,
experimenta o mundo drásticas mudanças.

Picha mirífica, quase omnipotente,
carnal farol que guia o ocidente,
purpúreo sol da potência hegemónica.

Se eu tivesse um instrumento assim,
guardava-o numa torre de marfim,
jamais o dava a chupar à Mónica.

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