Primeiro soneto aos invernos de outrora

Os invernos de outrora não esqueço
Preciosos guardados da lembrança
Revê-los, quem me dera, a qualquer preço
Mas somente a saudade hoje os alcança

Meu rio, o Pirapora, transbordava
O céu era de um cinza carregado
O trovão noite a dentro ribombava
E o coração do povo era aguado

Quando uma chuva visitava a noite
O vento solto semelhava açoite
Ainda hoje escuto-lhe o silvar

Quando relembro esse passado agora
O homem, bem baixinho, vezes chora
E diz que ao menino quer voltar

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