Camilo Pessanha
Camilo de Almeida Pessanha foi um poeta português. É considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, além de antecipador do princípio modernista da fragmentação.
1867-09-07 Casal de Leão, Coimbra
1926-03-01 Macau, República Popular da China
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Em um retrato
De sob o cômoro quadrangular
Da terra fresca que me há-de inumar,
E depois de já muito ter chovido,
Quando a erva alastrar com o olvido,
Ainda, amigo, o mesmo meu olhar
Há-de ir humilde, atravessando o mar,
Envolver-te de preito enternecido,
Como o de um pobre cão agradecido.
Da terra fresca que me há-de inumar,
E depois de já muito ter chovido,
Quando a erva alastrar com o olvido,
Ainda, amigo, o mesmo meu olhar
Há-de ir humilde, atravessando o mar,
Envolver-te de preito enternecido,
Como o de um pobre cão agradecido.
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