Colombina
Yde Schloenbach Blumenschein, conhecida como Colombina, foi uma poeta parnasiana brasileira.
1882-05-26 São Paulo SP
1963-03-14 São Paulo SP
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A Estátua
Impecável na forma, esplêndida na alvura
do mármore sem jaça, era mais que divina!
Inspirado, a criara um mestre da escultura
dessa eterna e genial península apenina.
Num museu de além-mar, um dia (peregrina
que, viajando, esquecer um grande mal procura),
pude ver e admirar, sob a luz matutina,
a extrema perfeição de sua formosura.
Não invejei, porém, sua beleza rara.
que, no mármore puro e rijo de Carrara,
se ostentava integral, magnífica e desnuda.
Quisera apenas ter igual serenidade
e contemplar o mundo, a vida, a humanidade,
num pedestal de bronze, indiferente e muda!
Publicado no livro Distância: poemas de amor e de renúncia (1948). Poema integrante da série Luzes na Neblina.
In: CAVALHEIRO, Maria Thereza. Colombina e sua poesia romântica e erótica: esboço biográfico e seleção de poemas. São Paulo: J. Scortecci, 1987. p.33-10
do mármore sem jaça, era mais que divina!
Inspirado, a criara um mestre da escultura
dessa eterna e genial península apenina.
Num museu de além-mar, um dia (peregrina
que, viajando, esquecer um grande mal procura),
pude ver e admirar, sob a luz matutina,
a extrema perfeição de sua formosura.
Não invejei, porém, sua beleza rara.
que, no mármore puro e rijo de Carrara,
se ostentava integral, magnífica e desnuda.
Quisera apenas ter igual serenidade
e contemplar o mundo, a vida, a humanidade,
num pedestal de bronze, indiferente e muda!
Publicado no livro Distância: poemas de amor e de renúncia (1948). Poema integrante da série Luzes na Neblina.
In: CAVALHEIRO, Maria Thereza. Colombina e sua poesia romântica e erótica: esboço biográfico e seleção de poemas. São Paulo: J. Scortecci, 1987. p.33-10
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