Raimundo Correia
Raymundo da Motta de Azevedo Corrêa foi um juiz e poeta brasileiro.
1859-05-13 Barra da Magunça, Maranhão, Brasil
1911-09-13 Paris, França
220050
3
97
Mal Secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
In: CORREIA, Raimundo. Poesias completas. Org. pref. e notas Múcio Leão. São Paulo: Ed. Nacional, 1948. v.1, p.16
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
In: CORREIA, Raimundo. Poesias completas. Org. pref. e notas Múcio Leão. São Paulo: Ed. Nacional, 1948. v.1, p.16
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Prémios e Movimentos
ParnasianismoJoão Victor
A obra de Raymundo Corrêa intitulada de Mal secreto
possui 2 quartetos e 2 tercetos que formam um soneto possui rima ABAB nas duas primeiras estrofes e CCD nas duas últimas.
O tema se trata sobre a falsidade humana.
O eu lírico pensa que cada pessoa tem que parecer melhor do que ela realmente e para ser aceita perante a sociedade, o que é uma mentira sobre a realidade humana.
Ele sente que todo homem esconde o que ele realmente sente usando usando um disfarce para ocultar a verdade.
As características apresentadas são, ele usa uma linguagem culta e objetiva, destaca a falsidade humana e aborda a realidade humana.
por conta de que nas redes sociais as pessoas não mostrarem quem são realmente, como exemplo usarem filtros para mudar ou melhorar a aparência e não mostram a realidade do dia dia só mostram o superficial.
possui 2 quartetos e 2 tercetos que formam um soneto possui rima ABAB nas duas primeiras estrofes e CCD nas duas últimas.
O tema se trata sobre a falsidade humana.
O eu lírico pensa que cada pessoa tem que parecer melhor do que ela realmente e para ser aceita perante a sociedade, o que é uma mentira sobre a realidade humana.
Ele sente que todo homem esconde o que ele realmente sente usando usando um disfarce para ocultar a verdade.
As características apresentadas são, ele usa uma linguagem culta e objetiva, destaca a falsidade humana e aborda a realidade humana.
por conta de que nas redes sociais as pessoas não mostrarem quem são realmente, como exemplo usarem filtros para mudar ou melhorar a aparência e não mostram a realidade do dia dia só mostram o superficial.
03/março/2023
Olavo
Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais...Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais...
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Olavo
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