Não estamos perdidos

Não estamos perdidos.
Isto é um milagre. Ter um corpo
uma casa um amigo
manter nas veias o sangue aceso
é um milagre. Saber que houve alguém
que nos acariciou
e nos banhou de lágrimas.


no meio da rua
penso nestas dádivas
antes que a lâmina da morte me atravesse.


Poema integrante da série I - Da Morte.

In: ARCHANJO, Neide. Tudo é sempre agora. Posfácio de Júlio Diniz. São Paulo: Maltese, 1994
635
0


Prémios e Movimentos

Jabuti 2005Jabuti 2007

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores