Puros Sangue

Desgarra-se
do meu peito
sem freio o potro selvagem
e galopa ao compasso
do que em mim te quer e pensa...

Que de sentir e saber
é seu galope, seu trote
e à vista do puro sangue,
que em teu peito saltita
se desgarra mais ainda.

Esses dois potros selvagens,
se reconhecem no cheiro,
no galope que os parelha,
no fogo, na crina ao vento...

Selvagens potros de fogo
exaltam na liberdade
centelhas de uma outra vida....
Pégasos da nossa memória
centauros foram um dia

Livres e soltos
no teu e no meu peito desgarram,
potros de fogo, selvagens
do nosso ser a medida.

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