A poesia de JRUnder
Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado.
Poesia é alma. Alma de passarinho.
1950-03-07 São Paulo
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Alma
Alma...
Quem sou realmente?
Um ser comum no Universo,
Ou deste planeta somente?
Sou carne e osso – Mortal!
É assim que me defino?
Ou viverei pós a morte,
E tenho mesmo, um destino.
Alma...
Eu sou você? Você, sou eu?
Não consigo encontrar a razão,
Da vida ser esse mistério,
Profundo e sem solução.
Não tenho onde buscar
Respostas, senão neste céu,
Que quanto mais observo,
Mas se esconde sob um véu.
Alma...
Nem mesmo crer em um Deus
Presente e onipotente,
Que tudo tenha criado,
Posso acreditar e assumir.
Pois interesses humanos,
Que vendem somente enganos,
Procuram me iludir.
Alma...
Se sou apenas a carne,
Se sou apenas memória,
Se vivo servindo o nada,
Se morro apenas história,
Tenho comigo a certeza
E nela não me iludo,
Se hoje sou apenas nada,
Amanhã, eu posso ser tudo.
Porque se a carne apodrece
E volta ao pó da origem,
Meus pensamentos, já livres
Perpetuarão pelos ares.
E assim, se após nascer,
Morrer, seja só o que se espera
Minha alma, que seja mais luz,
Meu corpo, que seja só terra.
1832
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