Adam_Flehr

Trazido há quase quatro décadas para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde cresceu, estudou, graduou-se em Administração, apurou seu gosto pelas artes em geral, em especial por música e literatura.

1967-04-28 Rio de Janeiro
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O codinome da flor

Eu sou um homem comum

perdido na trilha errante

de meus passos incertos,

situado estatisticamente

entre linhas e colunas,

entre "zeros" e "uns",

onde sou contado,

remanejado,

deletado,

onde sou mais um...

***

Não sei qual o volume do planeta

nem a vazão dos oceanos,

mas trago um alforje aberto

na altura do peito,

do tamanho do mar...

***

Eu sou um homem qualquer

rabisco palavras na areia

na esperança de que perdurem,

passeio por cárceres disfarçados

de abrigo, de ofício, de gente

e já não disto nem mesmo

o que é desejo indômito

ou vida inclemente,

nesta estrada sinuosa,

ora aclive,

ora declive

em que ora caminho...

***

Desconheço a lei das doze tábuas

e alguns dos dez mandamentos,

mas trago no bolso um verso que conta

o trágico efeito

da ausência de amar...

***

Eu sou um homem banal

e cultivo sementes de sonhos

num jardim suspenso em meu peito,

entre girassóis, gardênias e gerânios

semeio quimeras, colho esperanças,

sou jardineiro do fortuito

e do trivial

ontem plantei uma roseira,

hoje desabrochou:

em poesia abriu um botão

***

Não sei o nome da rosa

mas arrisco o codinome da flor:

cálido e impenetrável

um botão abriu neste jardim

e o chamei de amor...

***

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Poema personificado na tradução de tua personalidade , por sinal cheia de sentimentos e emoções constantes nos versos . aplausos
01/agosto/2012
-
David_Lobo_Cordeiro
Lindo poema  Adão!
01/agosto/2012
-
joao_euzebio
É um poema bonito cheio de caminhos onde os sonhos se fazem realidade onde o amor se faz presente onde a imaginação voa em suas asas de vento.Parabéns.
31/julho/2012

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