Maria Antonieta Matos
Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal
1949-01-09 S. Pedro de Terena - Alandroal - Evora
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MEU ALENTEJO
Por ti, Alentejo...
Descerram a deslizar oliveiras
e sobreiros,
por encostas enraizadas,
Enviesados correm ribeiros,
Das tuas margens enamoradas,
Vão alargando os seus braços,
Deitam-se a descansar
nos ombros teus,
Beijam-te... e, te dão abraços,
Entranha o Sol de Deus.
A luz brilha e se reflete,
E dá azos ao olhar,
Que fica pasmo, inerte,
E põe a mente a pensar....
Ceifando o trigo a ceifeira,
Com a foice engalanada,
De soslaio canta sorrindo,
De malícia estimulada.
A não querer ficar atrás,
O seu par repica a cantar,
E num despique assaz,
Ficam todos gargalhar.
O pastor,
encostado ao seu cajado,
Ouvindo os sons no conforto,
Ordena o cão, atrás do gado
Num assobio bem solto.
O gado num restolhar de fumo,
A chocalhar p'lo campo,
À sombra encontra o arrumo,
De baixo dum sobreiro amplo.
O bafo paira no ar,
No verão abrasador,
Tudo dorme pelas sombras,
Desmembrado pelo calor.
Mulher do meu Alentejo,
És tão forte e calorosa,
De beleza inconfundível,
Tuas faces cor da rosa.
Corres o campo florido,
Descobres tanta emoção,
Que não há nada mais lindo,
Que caiba no coração!
02/ 01/2016, Maria Antonieta Matos
Descerram a deslizar oliveiras
e sobreiros,
por encostas enraizadas,
Enviesados correm ribeiros,
Das tuas margens enamoradas,
Vão alargando os seus braços,
Deitam-se a descansar
nos ombros teus,
Beijam-te... e, te dão abraços,
Entranha o Sol de Deus.
A luz brilha e se reflete,
E dá azos ao olhar,
Que fica pasmo, inerte,
E põe a mente a pensar....
Ceifando o trigo a ceifeira,
Com a foice engalanada,
De soslaio canta sorrindo,
De malícia estimulada.
A não querer ficar atrás,
O seu par repica a cantar,
E num despique assaz,
Ficam todos gargalhar.
O pastor,
encostado ao seu cajado,
Ouvindo os sons no conforto,
Ordena o cão, atrás do gado
Num assobio bem solto.
O gado num restolhar de fumo,
A chocalhar p'lo campo,
À sombra encontra o arrumo,
De baixo dum sobreiro amplo.
O bafo paira no ar,
No verão abrasador,
Tudo dorme pelas sombras,
Desmembrado pelo calor.
Mulher do meu Alentejo,
És tão forte e calorosa,
De beleza inconfundível,
Tuas faces cor da rosa.
Corres o campo florido,
Descobres tanta emoção,
Que não há nada mais lindo,
Que caiba no coração!
02/ 01/2016, Maria Antonieta Matos
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